Você está condicionado a comer?

Condicionamento é uma forma básica de aprendizagem que envolve uma resposta simples ou uma série complexa de respostas a determinados estímulos.

Nas coisas comuns do dia-a-dia possibilita que várias ações se tornem automáticas e isso poupa nossa energia mental: dirigir, escrever, higiene pessoal. Como somos seres condicionáveis é através desse mecanismo que formamos nossos hábitos. Repetimos a mesma ação  e ela se torna um hábito, bom ou ruim.

Uma forma de explicar isso é através do reflexo condicionado.  Pavlov, foi um médico russo, que fez experiências com cães e criou esse conceito. Alimentando cães em horários determinados, descobriu que, após algum tempo, eles salivavam naqueles horários, só com a proximidade da comida.

Depois, notou que eles salivavam só de ouvir os passos de quem trazia o alimento. Num outro estágio, passou a tocar uma sineta antes de lhes dar a refeição e, assim, fez por algum tempo. Percebeu então, que os cães salivavam só de ouvir a sineta, independentemente de ser, ou não, a hora de se alimentarem.

Sabemos que a salivação nos animais diante do alimento, ao ouvir passos ou uma sineta, não é natural do seu comportamento, mas, sim, um padrão criado por meio de estímulo condicionado. Isso leva à formação de hábitos (ou vícios).

Tais condicionamentos também atuam em hábitos do ser humano, como certas rotinas (horários e métodos de fazer determinadas coisas) e também comer.

Na medida em que se condiciona o corpo e o cérebro a tais atos, eles se acostumam com isso. Você pode pensar que está com fome só porque está sentado à mesa, ao meio dia...

Outra forma de entendermos o hábito é pelo Loop do hábito: um determinado gatilho desencadeia uma certa rotina que causa uma sensação de recompensa ao cérebro, forçando a repetição desse hábito.

Mas, o que muita gente não sabe é que, da mesma forma que se condiciona o corpo e o cérebro, também é possível fazer o caminho inverso: o descondicionamento (ou a extinção de tais hábitos).

Assim como se levou algum tempo para se formar o hábito, é preciso um tempo para acabar com ele. Nada acontece num passo de mágica.

A primeira semana é difícil, mas depois fica relativamente simples.

E o ser humano tem o privilégio de ter consciência de seus atos, o que facilita todo o processo de libertar-se de comportamentos viciosos (condição que os animais não têm).

Em geral, adotamos costumes que acabam arraigados em nosso comportamento.

Basta uma semana para você se acostumar, por exemplo, a comer um doce após o almoço.

Na semana seguinte, assim que acabar de almoçar, vai sentir que está faltando alguma coisa e, a simples visão de um doce, sua boca “se encherá de água”.

Nesses hábitos, acabamos estabelecendo conexão entre um item alimentar e outro e, depois, acabamos tendo dificuldade para desligá-los, parecendo que sem um o outro não tem qualquer atrativo.

Exemplos: tomar café com creme, comer queijo com doce, sanduíche com refrigerante ou arroz com feijão, etc...

Vencer a primeira semana de descondicionamento dos hábitos pode parecer impossível mas, após esse período, fica cada vez mais fácil. E. afinal, se você não consegue se livrar de um simples hábito, como irá enfrentar questões mais sérias em sua vida?

Faça este exercício: relacione as conexões que você estabelece em sua vida diária com o ato de se alimentar. Você vai ver que a lista é muito maior do que imagina!

E aplique os 4 C's do sucesso: conscientização, conhecimento, compromisso e constância!