Como seu estado de ânimo interfere no hábito alimentar

No dia-a-dia, experimentamos diferentes sensações, resultados de inúmeros processos que acontecem, tanto externa como internamente; o que vai determinar nossos estados de ânimo. Hoje, vamos falar sobre como é possível administrar estes estados, a fim de ter uma vida melhor.

 

Em geral, não sabemos direito como lidar com determinadas situações e desconhecemos nossos recursos para alterar nossos estados. Mas isso é possível, como tantas outras coisas, a partir de uma tomada de consciência das situações e dos processos que as determinam.

O objetivo central é manter os bons estados e mudar os maus. Mas, quando estamos num estado negativo, em geral, procuramos as piores formas possíveis de sair dele, tomando medidas paliativas, que não resolvem efetivamente a situação.

Normalmente, apela-se para a comida, a bebida ou as drogas. Muitas vezes, voltamo-nos para a televisão. Ou seja, sempre encontramos uma forma compulsiva de tentar

(sem sucesso) uma mudança brusca de estado, ao invés de pararmos para refletir sobre o que acontece.

Entretanto, essa mudança se processa apenas momentaneamente. Passado o efeito daquilo que buscamos como meio para resolver o problema, nosso estado de ânimo anterior volta mais intensificado.

Há dois pontos básico e essenciais para administrar, conscientemente, essas mudanças de estado:

• Nosso comportamento e atitude diante da vida, com base em crenças e valores pessoais(representações internas); e
• Nossa fisiologia.

 

As representações internas são o significado daquilo tudo em que acreditamos e a base sobre a qual conduzimos nossos sentimentos e atitudes. A partir de cada significado, nosso sistema envia comandos para o cérebro, onde essas representações estão arquivadas, provocando determinadas reações correspondentes. Na verdade, mais importante do que o fato em si, são as interpretações que fazemos deles; pois é essa interpretação que será responsável por nossos estados.

Quando você não acredita que algo vai funcionar, acaba inconscientemente, trabalhando para que realmente não funcione, e vice-versa.

As representações produzem efeitos que, praticamente, transformam a situação representada. Assim, elas adquirem diferentes dimensões, de acordo com a nossa tendência a supervalorizar os fatos, subestimá-los ou dar a eles o peso que merecem.

É possível mudar essas representações em nossa vida, ou seja, o efeito delas. Assim, proceda como se você estivesse realizando uma filmagem. Seu cérebro é capaz de registrar uma cena ou lembrança a partir dos seguintes recursos:

 

Visual: Tornando a imagem mais ou menos nítida, aproximando-se ou afastando-aSonoro: aumentando ou diminuindo o volume dos sons que ouve;Cinestésico: atuando na textura, temperatura e nas sensações provocadas.

 

Com esses recursos, você pode fazer alguns exercícios, usando situações que lhe provoquem bons (aumentando-os) ou maus (diminuindo-os) estados de ânimo. Perceba que a chave para processar essa mudança depende, fundamentalmente, da utilização dos sentidos (fisiologia) e de sua disposição para fazê-lo.

A fisiologia é um instrumento poderoso nesse sentido. Ela engloba a postura, respiração, energia nervosa, bioquímica do corpo e estado muscular.

Se você trabalha a fisiologia e as representações internas adequadamente, verá a “mágica” que processa em seus estados, sem remédios, comida em excesso, drogas ou outras válvulas de escape, descobrindo que pode criar e dispor de infinitos recursos interiores, para conduzir o que quiser em sua vida.