Wendell Johnson, em seu livro Pessoas em apuros, explica-nos o conceito da síndrome do IFD, que está ligada a problemas que enfrentamos em nossa vida, com relação a três sentimentos: idealização, frustração e desespero.
A idealização se refere àquelas situações que criamos em nossas cabeças, a partir do desejo de que a realidade se adapte às nossas necessidades.
Assim, a pessoa que inicia um relacionamento, baseado na idealização, acredita e espera que as atitudes da pessoa com quem ela está envolvida sejam coerentes com a imagem que ela idealizou.
Como, em geral, as atitudes do outro não correspondem a essa imagem, sua tendência é tentar moldar a outra pessoa e transformá-la naquilo que idealizou. É claro que acabará se frustrando, pois ninguém tem esse poder de mudar o outro. Só podemos transformar a nós mesmo.
É nesse ponto que se gera o outro sentimento da síndrome: a frustração.Isso acontece porque não temos consciência de que cada ser é autônomo e íntegro e que só ele mesmo tem o poder de dirigir suas ações.
A frustração decorre de tentativas e mais tentativas fracassadas de moldar a outra pessoa. E o mais difícil de entender, nesses casos, é que só a nossa mudança de atitude será capaz de mudar a situação; e, então, temos a impressão de que foram as coisas que mudaram.Quando a situação não é compreendida e permanecemos, teimosamente, tentando fazer do outro o que ele não é, a frustração transforma-se em desespero. A partir desse ponto, a tendência é ficarmos à mercê da angústia. Ou seja, quando o mal não é cortado pela raiz (idealização), podemos chegar em níveis extremos de desespero e acabar nos entregando a comportamentos autodestrutivos.A síndrome de IFP pode ter consequências sérias e, além de gerar esses comportamentos autodestrutivos (transtornos alimentares, desânimo, compulsão em relação à comida, envolvimento com drogas, álcool etc.); pode levar a pessoa a envolver-se em jogos manipuladores em suas relações.
Mas isso não ocorre só nas relações com outras pessoas; abrange também o comportamento que a pessoa tem em relação a si mesma.
Um jogo pressupõe, pelo menos, dois jogadores e, muitas vezes, nós entramos nesses jogos sem, nem mesmo, perceber. É muito comum jogos do tipo gordo x magro, onde a pessoa magra coloca-se em posição superior, exercendo controle e poder sobre a pessoa obesa, que assim se torna mais frustrada e inclinada aos abusos da comida. É uma forma de sentir-se ainda mais impotente do que já se sente e de justificar seus sentimentos de culpa.
Há muitos outros jogos em que a pessoa obesa se envolve. Perceba se você não está assumindo papéis desse tipo e reflita por que se sujeita a eles.
Você obtém algum beneficio em participar desses jogos? Você joga contra ou a favor de si mesmo? Talvez você descubra que o seu pior inimigo é você mesmo. Se for este o seu caso, saia dos jogos e livre-se dessa síndrome.
Como? Aceitando-se e tendo consciência de que você tem poder de escolha sobre o seu destino.
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